De acordo com relatos do Portal Verdade, o vereador Santão (PSC) realizou diversos ataques e disseminou informações falsas contra a Associação Cura em Flor, uma entidade sem fins lucrativos que auxilia pacientes e familiares no acesso ao tratamento com cannabis medicinal em Londrina e região. 🌿💚
📢 Associação repudia declarações do vereador
Em nota publicada nas redes sociais, a Cura em Flor repudiou as falas do parlamentar, classificando-as como “acusações e ataques infundados” (leia a nota na íntegra [aqui]).
A entidade destaca dois momentos em que os ataques ocorreram:
📅 06/02 – Durante uma sessão na Câmara Municipal, quando seria votado o Projeto de Lei nº 69/204, da ex-vereadora Sônia Gimenez (PSB), que visava reconhecer a Cura em Flor como entidade de utilidade pública.
💬 Na tribuna, aos gritos, o vereador deslegitimou a atuação da organização, alegando – sem qualquer base – que a Associação queria dinheiro público para realizar a Marcha da Maconha em Londrina.
🚫 Além disso, afirmou que a entidade defende o uso recreativo da cannabis, distorcendo seu propósito.
🗣️ “Nem amarrado eu voto título para quem defende o cigarro do capeta”, disse o parlamentar.
❌ O projeto acabou sendo retirado de pauta.
🎗️ A atuação da Associação Cura em Flor
Fundada em 2020, a Cura em Flor atua para desconstruir o estigma sobre a cannabis medicinal e garantir acolhimento médico e jurídico para pacientes e seus familiares. O foco da entidade é exclusivamente terapêutico e científico, sempre com prescrição médica.
📜 “Essas declarações ferem a reputação da entidade e propagam desinformação e preconceito contra um trabalho sério, legalmente constituído e essencial para muitos pacientes”, rebate a Associação.
🛑 “Em nenhuma circunstância a Cura em Flor incentiva ou promove o uso recreativo da cannabis ou de qualquer substância psicoativa”, complementa o comunicado.
📲 Vereador expõe paciente em redes sociais
No dia 07/02, Santão publicou um vídeo em seu Instagram, onde expos de forma descontextualizada uma paciente da Associação. No vídeo, ele diz que “uma mulher levou um pé de maconha na Câmara de Vereadores de Londrina”.
👩⚕️ A mulher em questão é Blenda Renata Martins Sena, engenheira de dados e paciente de cannabis medicinal desde 2015. Ela começou o tratamento devido a um câncer e, posteriormente, utilizou para fibromialgia e artrose degenerativa, doenças que causam dores crônicas severas.
📅 Em 2023, Blenda obteve um habeas corpus garantindo seu direito ao cultivo e porte da planta para fins medicinais.
💰 “Os remédios são caros, variam de R$ 350 a R$ 3.000 por frasco. O apoio da Associação foi essencial para conseguir minha liminar, foi um processo difícil que durou três anos”, conta Blenda.
⚖️ Câmara mantém veto a medicamentos à base de cannabis
🗳️ Na primeira semana de governo, o prefeito de Londrina, Tiago Amaral (PSD), vetou a distribuição gratuita de medicamentos à base de cannabis no município.
✅ A Câmara manteve o veto no dia 25/02, arquivando a proposta. O Executivo prometeu reenviar um novo projeto até maio.
📊 Segundo o CNJ, mais de 2.050 famílias no Brasil já entraram com ações para garantir acesso ao tratamento com cannabis, mas apenas 257 tiveram decisões favoráveis.
🧑⚕️ Vereador ignora ciência e prejudica pacientes
Para Blenda, as declarações de Santão revelam ignorância sobre o potencial terapêutico da cannabis medicinal.
🗣️ “Ele coloca pacientes medicinais e traficantes no mesmo balaio, quando são coisas totalmente diferentes. Ao invés de acusar, ele deveria abrir um debate saudável”, critica.
⚠️ A Associação Cura em Flor estuda medidas legais contra as acusações do vereador, que podem configurar calúnia, conforme o artigo 138 do Código Penal.
📊 Brasil bate recorde de pacientes tratados com cannabis medicinal
📈 Em 2024, o Brasil atingiu a marca de 672 mil pacientes que utilizam cannabis medicinal, um aumento de 56% em relação ao ano anterior.
🔎 Fonte: Kaya Mind
